João do Nascimento Batista, de 62 anos, foi preso em flagrante na manhã deste domingo (26/10) em Bataguassu (MS), acusado de matar seu ex-enteado, Cléber Arguelho Neto, conhecido como “Binha”, de 22 anos, com um pão recheado com mortadela e envenenado com chumbinho. O crime ocorreu no bairro Jardim Campo Grande, por volta das 11h30.
Cléber foi encontrado caído na calçada, onde pediu socorro a uma testemunha, afirmando ter sido envenenado pelo seu ex-padrasto. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado ao Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu e faleceu pouco tempo depois.

No local onde a vítima estava, a polícia encontrou um saco contendo o pão com mortadela misturado a uma substância escura, semelhante ao veneno conhecido como “chumbinho”. A perícia recolheu o material para análise.
Após diligências, os investigadores localizaram João em sua residência nas proximidades. Durante buscas, foram encontrados no lixo sacos plásticos semelhantes aos encontrados no local onde Cléber foi socorrido, além de um pão e mortadela.
Inicialmente, o idoso negou envolvimento, mas posteriormente confessou o crime, alegando que agiu por medo das constantes ameaças feitas pela vítima, que seria usuário de drogas e o ameaçava com uma faca para roubar seus pertences.
A polícia confirmou que Cléber tinha um extenso histórico criminal, com registros por furto, roubo e ameaça desde 2018, quando ainda era adolescente. Ele também já havia sido registrado como vítima de agressões e ameaças.
O veneno utilizado, conhecido como “chumbinho”, é um agrotóxico ilegal, altamente tóxico e de ação rápida. Ele age bloqueando uma enzima essencial do sistema nervoso, provocando convulsões, paralisia e morte por asfixia em poucos minutos.
Diante da confissão e das provas encontradas, João foi preso em flagrante por homicídio qualificado pelo uso de veneno. Ele foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia de Bataguassu, onde permanece à disposição da Justiça.
Após audiência de custódia, a prisão preventiva de João foi convertida em prisão domiciliar, devido à sua condição física, que inclui atrofia em uma das mãos e dificuldade de locomoção.
O caso segue sob investigação pela Polícia Civil de Bataguassu.





