Política e Transparência

Vereador propõe CPI para investigar desperdício de insumos na saúde pública de Dourados

Franklin Schmalz (PT) que que o colegiado apure a denúncia durante a gestão do prefeito Alan Guedes (PP)






O vereador Franklin Schmalz (PT) defendeu a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a responsabilidade durante a gestão do prefeito Alan Guedes (PP) na perda de insumos médicos vencidos encontrados no almoxarifado da Prefeitura de Dourados.

O parlamentar argumenta que a Câmara Municipal precisa agir diante da gravidade da situação e cobrar explicações da administração pública.

Em busca de respostas sobre a recente descoberta dos materiais descartados, Franklin Schmalz protocolou um requerimento junto à Secretaria Municipal de Saúde cobrando informações sobre as medidas adotadas para investigar o prejuízo.

O vereador também levou à tribuna, na última segunda-feira (10) a discussão sobre os desafios do financiamento da saúde em Dourados.

Ele criticou a decisão da administração municipal de suspender o pagamento da insalubridade aos servidores do Hospital da Vida e da UPA, apontando a gestão ineficiente e casos de corrupção como os principais problemas do setor.

Para o vereador, a gravidade do caso exige uma apuração rigorosa. “As pessoas não podem sair impunes quando elas cometem um erro na administração [...] Precisa ser investigado e as pessoas precisam ser responsabilizadas, é meio milhão de reais. Aí a gente encontra onde a torneira está aberta”, afirmou.

Estoque de insumos vencidos

Uma inspeção realizada pela própria Secretaria Municipal de Saúde revelou que aproximadamente R$ 445,9 mil em materiais médicos estavam fora do prazo de validade e precisarão ser descartados.

O levantamento incluiu itens como seringas, agulhas, materiais odontológicos, insumos para exames laboratoriais, quase meia tonelada de filme para raio-X e 75 mil potes para coleta de exames.

Entre os produtos inutilizados também há escovas cervicais, materiais para sutura, cateteres, aventais e conjuntos de nebulização. A Prefeitura justificou que os materiais pertenciam ao estoque da gestão anterior e que um novo abastecimento está previsto para maio, após a conclusão do processo licitatório.