Política e Transparência

Com assinaturas suficientes, Câmara deve receber pedido de CPI do Consórcio Guaicurus

Autor do pedido, o vereador Junior Coringa (MDB) garante ter conseguido recolher as 10 assinaturas exigidas regimentalmente






 Com assinaturas suficientes, a Câmara de Vereadores de Campo Grande deve receber, na sessão desta terça-feira (18), um pedido para a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o Consórcio Guaicurus.

Autor do pedido, o vereador Junior Coringa (MDB) garante ter conseguido recolher as 10 assinaturas exigidas regimentalmente para a criação do colegiado no Legislativo municipal.

“O requerimento que dará origem à CPI precisa ser muito bem elaborado, com um fato determinado sólido [já definido], fundamentado e acompanhado de provas concretas”, assegurou Coringa em entrevista ao jornal Correio do Estado.

A proposta de instalação da CPI, no entanto, enfrenta resistência do presidente da Mesa Diretora da Casa, vereador Epaminondas Vicente Silva Neto (PSDB), o Papy. 

Ele pretende propor aos demais colegas parlamentares adiar as investigações para o segundo semestre deste ano, por entender  que não teria como iniciar os trabalhos da 12ª legislatura da Câmara da Capital já com uma CPI. 

 O Consórcio Guaicurus. tem sido alvo de críticas dos usuários desde o fim da pandemia da Covid-19. 

“Nós temos de seguir um rito no primeiro semestre e, também, esperar a perícia judicial encomendada no ano passado pelo Poder Judiciário sobre essa questão. A partir dos dados reais dos balancetes do Consórcio Guaicurus e das informações que serão apontados pela perícia judicial, seremos capazes de averiguar melhor todos os elementos coletados para ter um fato específico para poder investigar, tanto em relação ao consórcio quanto àquilo que a prefeitura municipal também descumpre”, detalhou.

Papy reforçou que se trata de um contrato em que as duas partes que assinaram – administração municipal e empresas de transporte coletivo urbano – descumpriram o que estava estabelecido.

“Temos informações de que o Executivo municipal teria descumprido mais de 10 cláusulas do contrato, e o Consórcio Guaicurus, 3, sendo a principal a não renovação da frota de cinco em cinco anos”, pontuou.

O presidente da Câmara Municipal defende que a CPI do Consórcio Guaicurus precisa ser criada com o objetivo de “pôr luz sobre o contrato de um modo geral”.