Política e Transparência

Apesar da crise, ministro do Desenvolvimento Agrário diz que alimentos 'estão mais baratos'

Os alimentos acumularam alta pelo quinto mês consecutivo em janeiro






Apesar da crise sem precedentes no País, com a alta dos preços, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que a população já pode encontrar alimentos mais baratos, porém os preços precisam cair “ainda mais”.

A inflação oficial de janeiro ficou em 0,16%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor). No entanto, os alimentos acumularam alta pelo quinto mês consecutivo em janeiro, com uma variação positiva de 0,96% no mês.

“Nós temos que tomar todas as medidas para reduzir os preços, e o governo já tomou algumas [...]. Mas também estamos adotando outra medida, que é aumentar a produção agrícola. Por isso, estamos oferecendo financiamento barato e implementando o programa Desenrola Rural”, disse nesta quinta-feira (20).

Segundo Teixeira, alimentos cujo preço está atrelado ao dólar, como carnes, ovos e café, sofreram um aumento maior devido à variação da moeda norte-americana, especialmente durante as eleições presidenciais do ano passado.

Para o titular da pasta, a estabilização do câmbio contribuiu para a redução dos preços. “Nós estamos realizando estudos sobre esses alimentos que continuam fora da curva, como café, carnes e ovos”, ressaltou.

Desenrola Rural
Uma das apostas do governo é a oferta de crédito mais barato e a renegociação de dívidas por meio do programa “Desenrola Rural”. Segundo o ministro, o objetivo é permitir que cerca de 1,3 milhão de produtores com dívidas bancárias possam renegociar seus débitos e até mesmo obter financiamento para aumentar a produção.

“Todo agricultor que tem alguma pendência poderá renegociar com um grande desconto, de até 96% da dívida”, explica Teixeira. Ele também destaca que a União criou três fundos de aval, um mecanismo intermediário que garante operações de crédito para micro e pequenas empresas brasileiras.

Para liquidação de dívidas de até R$ 10 mil, por exemplo, a redução pode ser de 80%, além da possibilidade de parcelamento em até 10 anos, dependendo do valor devido. O prazo para adesão vai até 31 de dezembro de 2025, e quem quitar as dívidas dentro desse período terá direito a descontos e condições especiais.