O ministro das Relações Exteriores de Portugal, Paulo Rangel, disse que “seria totalmente irresponsável” a companhia aérea estatal TAP Air manter voos para a Venezuela após o alerta emitido pela autoridade aeronáutica dos Estados Unidos sobre os riscos de sobrevoo no país.
A declaração foi feita após o Instituto de Aeronáutica Civil da Venezuela suspender licenças para seis companhias aéreas operarem no país.
Caracas afirmou, em comunicado, que as companhias aéreas "uniram-se às ações de terrorismo de Estado promovidas pelos Estados Unidos" ao suspenderem "unilateralmente" os voos comerciais para o país.
O regime de Nicolás Maduro tinha dado um prazo de 48 horas para as empresas retomarem seus voos para a Venezuela, após as companhias anunciarem a suspensão.
As pausas nos voos aconteceram devido à advertência da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos sobre riscos “em todas as altitudes” da área de controle do país sul-americano.
Como não mantiveram operações, as companhias Iberia, TAP, Avianca, Latam Colombia, Turkish Airlines e Gol tiveram suas licenças revogadas.
“O que nós temos que fazer é, através da nossa embaixada, sensibilizar as autoridades venezuelanas de que esta medida é desproporcional, de que não temos nenhuma intenção de cancelar nossas rotas para a Venezuela e que só fizemos isso por uma questão de segurança”, explicou Rangel a jornalistas.
Ele afirmou ainda que “seria totalmente irresponsável” manter os voos “depois de um alerta de que não havia segurança, de que os voos podem ser atingidos por objetos militares”.
“Estes voos tinham mesmo que ser adiados, não há outra maneira”, completou.
Há meses, as Forças Armadas dos Estados Unidos vêm enviando tropas para o Caribe para combater o que consideram ser o papel de Maduro no tráfico de drogas.
A Venezuela nega as acusações e afirma que a real intenção de Donald Trump é promover uma mudança de regime no país.
CNN Brasil





