O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, viajará nesta quarta-feira (26) para a República Dominicana, enquanto o governo Donald Trump intensifica a pressão sobre Nicolás Maduro e reforça sua presença militar no Caribe.
De acordo com o Pentágono, Hegseth se reunirá na capital dominicana com o presidente Luis Abinader e o ministro da Defesa, Antônio Fernández Onofre, além de outros integrantes do governo dominicano, para fortalecer as relações de defesa.
Na pauta, segundo o Departamento de Defesa, também está a reafirmação do compromisso dos EUA com sua segurança interna, com a proteção de parceiros regionais e a “garantia da estabilidade e segurança das Américas”.
A visita de Hegseth acontece depois de o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, o general Dan Caine, visitar neste domingo (23) a base naval Roosevelt Roads, em Porto Rico, onde os Estados Unidos mantém caças F-35, em meio à militarização do Mar do Caribe.
Nesta segunda (24), durante uma visita de algumas horas a Trinidad e Tobago, o líder militar dos EUA se reuniu com Kamla Persad-Bissessar, a primeira-ministra das ilhas caribenhas que na semana passada foram palco de exercícios militares conjuntos com os EUA - sob críticas de Maduro.
“Reiterei o compromisso contínuo do meu governo em garantir a erradicação dos efeitos nocivos do narcotráfico, do tráfico de pessoas e do crime transnacional, para o benefício de nossos cidadãos, de nosso país e de nossa região”, expressou a governante caribenha na rede social X.
A primeira-ministra também expressou “gratidão” pela cooperação duradoura entre Trinidad e Tobago e os EUA, que segundo ela “agora constitui uma parceria fundamental na proteção” da região.
À CNN, o assessor político de uma organização internacional caribenha disse sob reserva que as visitas de Caine e Hegseth sinalizam um aumento do contato dos EUA com aliados caribenhos, evidenciando a divisão regional e uma prontidão para eventuais ataques.
Na avaliação do assessor, a visita de algumas horas a Trinidad e Tobago provavelmente teve como objetivo transmitir informações confidenciais à primeira-ministra das ilhas, que ficam a apenas 11 km da Venezuela, e assegurar a proteção dos EUA.
CNN Brasil





