Pelo menos 104 pessoas morreram nesta quarta-feira (29) em intensos confrontos entre as forças israelenses e militantes do Hamas na Faixa de Gaza, segundo informações do Ministério da Saúde do enclave. Este foi o dia mais letal desde o início do cessar-fogo mediado com apoio dos Estados Unidos.
Os combates começaram na noite de terça-feira (28), após Israel acusar o Hamas de violar o cessar-fogo e atacar tropas na região de Rafah, no sul de Gaza.
O governo israelense respondeu com forte ofensiva terrestre, o que provocou violentos embates em várias partes do território.
De acordo com as autoridades palestinas, entre as vítimas estão ao menos 46 crianças e 20 mulheres. O diretor do Hospital Al-Shifa, Dr. Mohammed Abu Salmiya, descreveu a situação como “catastrófica”, afirmando que “não há medicamentos ou suprimentos médicos para tratar os feridos e os doentes”.
O Exército israelense informou que o soldado Yona Efraim Feldbaum, de 37 anos, morreu durante os confrontos em Gaza. Ele integrava o Corpo de Engenharia de Combate e foi atingido em combate direto com militantes do Hamas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que as forças armadas continuarão agindo “com firmeza contra qualquer violação do cessar-fogo” e que o país “não aceitará provocações ou ameaças contra seus soldados”.
Por sua vez, o Hamas negou ter rompido o acordo e acusou Israel de “provocar” os confrontos. Em comunicado, o grupo afirmou que “respondeu a uma incursão militar israelense dentro de Gaza” e reiterou o compromisso com a trégua.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que acompanha de perto os acontecimentos e apelou pela retomada do cessar-fogo. “Esperamos que as partes retornem ao diálogo e evitem uma escalada que coloque mais civis em risco”, afirmou o líder americano durante viagem à Coreia do Sul.
Desde o início da guerra em 2023, mais de 68 mil palestinos morreram e cerca de 170 mil ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O conflito, que teve início após os ataques de 7 de outubro de 2023, continua sendo um dos mais sangrentos da região nas últimas décadas. (Com informações da CNN)





