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PF investiga “médico das estrelas” por fraudes milionárias no SUS

Investigado por fraudes milionárias no SUS, cirurgião vascular que atende celebridades é alvo de operação da PF e pode pegar até 33 anos de prisão.






A Polícia Federal investiga o cirurgião vascular Gustavo Marcatto, apelidado de “médico das estrelas” por atender celebridades, no âmbito da Operação Rastro Cirúrgico, que apura desvios de recursos públicos e fraudes em licitações do SUS (Sistema Único de Saúde).

De acordo com o G1, na última terça-feira (12), agentes cumpriram mandados na casa do médico, localizada em um condomínio de luxo de São José do Rio Preto (SP).

Com 35 anos, mais de 329 mil seguidores no Instagram e pacientes vindos de 32 países, Marcatto ganhou notoriedade por utilizar técnicas modernas de laser no tratamento estético de varizes. Entre os famosos que já passaram por sua clínica estão Deborah Secco, Andressa Suíta, Zé Neto, Helen Ganzarolli, Ticiane Pinheiro, Ana Hickmann, Luciana Gimenez e Adriane Galisteu.

Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em municípios de Mato Grosso do Sul e em São Paulo. A PF também determinou o sequestro de bens avaliados em R$ 5 milhões por investigado, além da apreensão de veículos, motos de luxo, armas e pedras preciosas. Entre os alvos está o secretário de Saúde de Selvíria (MS), já exonerado do cargo.

Segundo as investigações, contratos superfaturados, serviços não executados e até uma clínica inexistente fazem parte do esquema. Foram identificadas atas e contratos administrativos com objetos idênticos e vigência simultânea, que teriam gerado pagamentos múltiplos para os mesmos procedimentos.

O nome da operação faz referência à falta de registros e “rastros” que deveriam comprovar a realização das cirurgias contratadas, mas que não foram encontrados em auditorias e inspeções. Os suspeitos poderão responder por peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e associação criminosa, crimes cujas penas somadas podem chegar a 33 anos de prisão.

A defesa do médico não havia se manifestado até o fechamento desta reportagem.