Política e Transparência

Vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Alckmin defende o PIX

"O Pix é um sucesso. O que nós precisamos resolver é a questão tarifária", disse ele






O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o PIX é um sucesso mundial e que o problema entre os Estados Unidos e o Brasil não está no sistema de pagamentos instantâneos, mas nas tarifas comerciais cobradas pelo presidente Donald Trump, e não no sistema de pagamentos instantâneos.

"O Pix é um sucesso. O que nós precisamos resolver é a questão tarifária", disse.

A manifestação ocorreu após ser questionado sobre a abertura de uma investigação comercial pelos Estados Unidos contra o PIX, sob suspeita de desvantagem competitiva para empresas americanas do setor de cartões de crédito.

Alckmin destacou que não é a primeira vez que o governo de Washington abre uma investigação comercial contra o país. E em outros momentos, o Brasil já respondeu aos questionamentos e os processos foram encerrados. Com isso, Alckmin afirmou que a política não o que "o interesse de alguns não pode se contrapor aos interesses de muitos".

Ele também fez uma crítica velada à família Bolsonaro ao dizer que a política não pode interferir nas relações comerciais.

Em relação ao sistema de pagamentos instantâneos, a Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto respondeu nas redes sociais com peças afirmando "o PIX é nosso, my friend". Segundo dados do Banco Central, o PIX tem mais de 175 milhões de usuários.

Mais cedo, o governo enviou uma carta ao secretário de comércio e ao representante comercial dos Estados Unidos manifestando indignação com a imposição da tarifa de 50% e reforçando que ela terá um impacto negativo não só na economia brasileira, mas também para a economia norte-americana.

O governo está tentando negociar desde abril. Em maio, o Ministério da Relações Exteriores enviou uma minuta confidencial de proposta com áreas de negociação em que os dois países poderiam entrar em consenso. Desde então, não houve resposta. Uma preocupação entre interlocutores do Palácio do Planalto é a falta de disposição do governo de Donald Trump em negociar. (Com CBN)