Política e Transparência

Bolsonaro chama Soraya de “desgraça” e diz que PL lançará uma “senhora” ao Senado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou claro a mágoa com a senadora Soraya Thronicke (Podemos), eleita com o seu apoio em 2018. “É uma desgraça, é desgraça, não acrescenta nada”, detonou. Ele afirmou que o seu partido vai lançar uma &l






Em entrevista ao canal AuriVerde Brasil, no Youtube, nesta segunda-feira (20), o ex-presidente deixou claro que a estratégia é conquistar as duas vagas do Senado no Estado, ocupadas atualmente por Soraya e Nelsinho Trad (PSD).

Ele deixou claro que a meta é conquistar 40 das 54 vagas de senador em 2026. A estratégia do ex-presidente é clara, lançar um nome do seu grupo político e apoiar o filiado de outro partido.

 O ex-presidente foi mais contundente na crítica a Soraya, a desconhecida advogada que surpreendeu o mundo político ao vencer a primeira eleição e ganhar uma vaga no Senado na onda do bolsonarismo.

“É uma desgraça, é desgraça, não soma nada”, lamentou Bolsonaro. “Não é volta em mim, dá volta no Brasil”, criticou, sobre a mudança de postura da senadora, que passou de aliada a uma das maiores críticas do bolsonarismo.

Ele também mandou recado para a senadora Tereza Cristina (PP), que saiu fortalecida ao apostar na candidatura de Adriane Lopes (PP), reeleita no segundo turno com o apoio de Bolsonaro. Contudo, o ex-presidente apoiou no primeiro turno o deputado federal Beto Pereira (PSDB), que ficou em 3º lugar.

“Tereza Cristina, sozinha, no outro governo, você não chegaria onde chegou, mas de jeito nenhum. Tudo tinha um ‘mas’. Você vai ser ministra, mas, tal e tal secretaria não são suas, são de outros partidos políticos”, afirmou, deixando claro que  senadora só foi eleita em 2022 graças ao seu apoio.

PSDB

Para a vaga de Soraya, Bolsonaro sinalizou que vai apoiar uma mulher. A mais cotada é a tual vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) e um dos parlamentares mais próximos do ex-presidente. “Rodolfo é o nosso líder”, afirmou.

Bolsonaro confirmou as negociações com o PSDB. “O PSDB é um partido que a sabe, que tá em situação difícil”, contou. Ele admitiu que espera a filiação de algumas lideranças tucanas, mas a chegada depende das negociações, que incluem a fusão com o PSD.

“Não tenho nada a ver com isso, mas muda o quadro no Mato Grosso do Sul”, admitiu. O ex-presidente convidou o ex-governador Reinaldo Azambuja e o governador Eduardo Riedel, ambos do PSDB, para se filiarem ao PL. Bolsonaro disse que mesmo com a fusão, alguns tucanos podem ingressar no seu partido.

Ao apoiar Gianni, Bolsonaro exclui o senador Nelsinho Trad (PSD), que espera contar com o apoio do ex-presidente para disputar a reeleição. Outro que pode ser excluído por Bolsonaro pela 3ª vez é o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), que ficou sem o apoio dele no segundo turno de 2022 e não teve o respaldo para disputar a prefeitura no ano passado. Ele quer disputar o Senado com as bençãos de Bolsonaro. Fonte: O  Jacaré