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Guerra da Ucrânia já deixou mais de 12 mil civis mortos, diz ONU

Invasão da Rússia na Ucrânia completará três anos em fevereiro






Mais de 12,3 mil civis foram mortos na guerra da Ucrânia desde a invasão da Rússia há quase três anos, disse uma autoridade da ONU em uma reunião da entidade nesta quarta-feira (8), mencionando um aumento no número de vítimas devido ao uso de drones, mísseis de longo alcance e bombas planadoras.

A Rússia, que está anexando territórios no leste da Ucrânia, tem realizado ataques regulares a cidades distantes nos últimos meses usando essas armas. Isso contribuiu para um aumento de 30% nas mortes de civis, para 574, entre setembro e novembro de 2024 na Ucrânia, em comparação com o ano anterior, de acordo com dados da ONU.

No total, a vice-chefe de direitos humanos da ONU, Nada Al-Nashif, afirmou que mais de 12,3 mil civis foram mortos na Ucrânia, incluindo 650 crianças – embora a ONU tenha dito repetidamente que sua contagem é inferior à realidade porque inclui apenas as mortes que suas equipes conseguiram verificar.

“As Forças Armadas russas intensificaram suas operações para anexar mais territórios no leste da Ucrânia, com um impacto severo sobre os civis nas áreas de linha de frente”, disse Al-Nashif em uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

“Estamos profundamente preocupados com os impactos do aumento do uso de drones e do uso de novas armas sobre os civis”, acrescentou, dizendo que a Rússia havia utilizado 2 mil drones de longo alcance em novembro.

 

“Esses exemplos de violações cada vez mais graves da lei internacional de direitos humanos podem representar crimes de guerra”, afirmou Al-Nashif ao Conselho.

O delegado da Rússia, Evgeniy Ustinov, disse que o relatório é tendencioso e encobre os crimes de Kiev. Moscou nega cometer atrocidades ou visar civis na Ucrânia desde o início da guerra em fevereiro de 2022.

A embaixadora da Ucrânia, Yevhenia Filipenko, descreveu as recentes ações da Rússia contra o país como “calculadas, cruéis e projetadas para infligir o máximo de dor e destruição”.

 

CNN Brasil