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Venezuela rompe relações diplomáticas com Paraguai e vai retirar diplomatas

Medida vem um dia após presidente paraguaio declarar apoio a González, opositor de Maduro






O governo da Venezuela informou em um comunicado nesta segunda-feira (6) que romperá relações diplomáticas com o Paraguai e que vai retirar os diplomatas do país.

A declaração acontece um dia após o presidente paraguaio, Santiago Peña, expressar apoio à oposição venezuelana.

Peña, que está entre vários líderes mundiais, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, que consideram González o presidente eleito da Venezuela, postou no X no domingo (5) que conversou com Edmundo González — opositor que concorreu com Nicolás Maduro na eleição presidencial — por ligação.

Também ressaltou que está comprometido em ajudar a “restaurar a democracia na Venezuela”.

 

Entenda a crise na Venezuela

A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.

Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.

A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.

O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.

O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.

O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.

Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.

 

CNN Brasil