Mundo

Trump seguirá atacando barcos até Maduro se render, diz chefe de gabinete

Embora o presidente dos EUA tenha dito que o objetivo é impedir o tráfico de drogas, Susie Wiles indicou que se trata de pressionar o ditador venezuelano






A chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, disse em entrevista à revista Vanity Fair que o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende continuar sua campanha militar contra o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, até a sua renúncia.

“Ele quer continuar explodindo barcos até que Maduro se renda”, disse Wiles.

Anteriormente, Trump disse que os "dias de Maduro estão contados" e a CNN noticiou que o governo vem planejando discretamente o que aconteceria caso ele fosse deposto.

Durante a entrevista, Wiles sugeriu que o governo dos EUA escondeu o verdadeiro objetivo de seus ataques, legalmente questionáveis, contra supostos barcos de narcotráfico no Caribe e no Pacífico. 

Embora Trump tenha dito que o objetivo é impedir que drogas cheguem aos Estados Unidos, Wiles indicou que se trata de pressionar o ditador venezuelano, Nicolás Maduro.

 

A chefe de gabinete também afirmou que Trump precisaria da aprovação do Congresso para uma guerra terrestre na Venezuela — algo que o presidente já negou.

“Se ele autorizasse alguma atividade em terra, seria guerra, e então (precisaríamos do) Congresso”, disse ela.

Quando Trump foi questionado sobre isso no mês passado, ele disse: "Não precisamos da aprovação deles. Mas acho que é bom que eles saibam."

Ofensiva dos EUA no Caribe e Pacífico

Nos últimos meses, os EUA intensificaram as operações contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas na costa da Venezuela.

 Ao todo, mais de 20 ataques foram lançados a barcos no Caribe e no Pacífico, matando mais de 80 pessoas.

Washington já reuniu cerca de 15 mil militares na região, junto com mais de uma dúzia de navios de guerra.

Maduro, no poder desde 2013, afirmou que Trump está tentando derrubá-lo e que os cidadãos venezuelanos e os militares resistirão a qualquer tentativa nesse sentido.

 

CNN Brasil