Política e Transparência

PL com “jabuti fiscal” deve ser votado ainda nesta semana, diz relator

Medidas de controle de gastos previstas na MP com alternativas ao IOF serão incluídas no projeto de lei que trata da regularização de valores de bens móveis e imóveis






O deputado Juscelino Filho (União-MA) deve apresentar o seu relatório do PL (projeto de lei) que trata da regularização de valores de bens móveis e imóveis de pessoas físicas ainda nesta terça-feira (28).

O congressista vai incluir no seu parecer trechos de controle de gastos que estavam previstos na MP 1.303, foi rejeitada pela Câmara. 

De acordo com o ex-ministro das Comunicações, o relatório deve incluir as propostas relacionadas ao programa Pé-de-Meia, ao Atesmed e ao seguro defeso que estavam previstas na medida provisória que trazia alternativas ao aumento do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras). 

Para incluir o “jabuti fiscal” no texto, Juscelino se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manhã desta terça-feira (28). Uma nova reunião com a equipe econômica ainda deve ser realizada para fechar o conteúdo da proposta. 

“A reunião foi positiva. A gente iniciou a discussão para poder incluir no nosso texto as medidas de controle de gastos. Vamos avançar nas conversas com alguns líderes da Câmara e do Senado”, disse. 

Embora o projeto que trata da regularização de valores de bens móveis e imóveis de pessoas físicas esteja na pauta do dia da Câmara desta terça-feira (28), o deputado Juscelino disse que a data da votação caberá ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

“Até o final do dia a gente libera o relatório preliminar. Se tudo caminhar bem, a ideia é estar votando o projeto ainda nesta semana”, disse Juscelino após reunião com o ministro.

MP 1.303
A MP alterava o prazo máximo de duração do benefício concedido por análise documental através do sistema Atestmed, que dispensa perícia presencial. Com isso, os benefícios concedidos por análise documental - ou seja, via atestado médico - não poderiam exceder o prazo de 30 dias.

Entre as medidas da MP, estavam restrições ao acesso ao seguro-defeso, benefício pago a pescadores artesanais. O texto editado pelo governo transferia aos municípios a responsabilidade de emitir o registro de pescador artesanal profissional. Atualmente, essa é uma atribuição do Ministério da Pesca. 

A medida provisória também incluía o programa Pé-de-Meia no piso da educação. 

A MP 1.303 não foi votada dentro do prazo e perdeu a sua validade. Com isso, o governo busca incluir parte das medidas previstas no texto em outros projetos em tramitação para fechar as contas públicas de 2025 e de 2026. (Com CNN - Brasília)