Política e Transparência

Brasil afunda em crise a pouco mais de um ano do fim do governo Lula

Com economia fragilizada, escândalos de corrupção e crise institucional sem precedentes, governo Lula se arrasta sob acusações de aparelhamento, perseguição política e desperdício de recursos públicos






Conjuntura Online

Faltando pouco mais de um ano para o fim do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Brasil enfrenta um cenário de turbulência econômica, descontentamento popular e uma crise institucional sem precedentes.

O que já era considerado um governo instável se agrava com escândalos de corrupção, medidas impopulares e gastos milionários, aprofundando o desgaste da gestão.

Entre os casos mais recentes que minaram a popularidade do presidente está o roubo bilionário no INSS, que atingiu diretamente aposentados e pensionistas, seguido pelo desvio de recursos do programa Pé de Meia, voltado a estudantes de baixa renda.

A política de aumento de impostos — que sufoca a economia, penaliza o trabalhador e o setor produtivo — também virou alvo de críticas de empresários, classe média e especialistas.

Os gastos do governo petista com viagens, muitas vezes acompanhadas de grandes comitivas e da primeira-dama Janja, somam cifras milionárias, gerando indignação em um país que enfrenta cortes orçamentários e serviços públicos precários.

Enquanto isso, a gestão petista mantém a velha prática de aparelhamento político, coaptando parlamentares governistas para aprovação de projetos de seu interesse e impedir o avanço de matérias da oposição.

Não foi à toa que parlamentares governistas usaram da estratégia de ocupar as Mesas do Senado e da Câmara dos Deputados, manobra usada para pressionar em favor do processo de impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes, o fim do foro privilegiado e anistia ampla aos envolvidos nas manifestações do 8 de janeiro.

Contudo, os presidentes da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) resistem às pressões.

Apesar do clamor bolsonarista, as chances de que a três demandas sejam integralmente pautadas são mínimas, dadas as posições dos presidentes de ambas as Casas Legislativas. 

A resistência da base governista contrasta com a disposição do Centrão, que passou a apoiar parte do pacote para preservar seus próprios interesses, especialmente no que tange à PEC 333/2017, que pode blindar congressistas investigados, ao restringir o foro privilegiado.

Essa aliança entre bolsonaristas e Centrão é fundamental para que as pautas avancem na Câmara, mas não garante um caminho livre para as propostas, que ainda dependem de aprovação em plenário e em comissões. 

Perseguição política e Lei Magnitsky

Acusado de perseguição política contra Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente, uso de tornozeleira eletrônica e mira seus apoiadores, incluindo parlamentares, com punições severas.

Desde a campanha de 2022, age para enfraquecer as bases eleitorais da direita, favorecendo o governo do PT e os partidos aliados de esquerda. Sua relação amistosa com figuras como o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o ministro Flávio Dino — comunista indicado por Lula ao Supremo —, a ministra Cármen Lúcia e o ministro Gilmar Mendes, reforça a percepção de uma articulação contumaz para assegurar a permanência do PT no poder.

A escalada autoritária inclui a manutenção de presos políticos acusados de envolvimento no suposto “golpe de Estado”, alguns dos quais já morreram na prisão. No cenário internacional, o Brasil acumula constrangimentos: sanções impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, incluindo a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, e a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes, figura ligada ao governo, representam um duro golpe à imagem externa do país e comprometem o comércio exterior.

Com economia fragilizada, inflação alta, desemprego persistente e um ambiente de instabilidade jurídica e política, o governo Lula se arrasta entre crises, enquanto cresce no país a percepção de que o Brasil precisa de novas lideranças para romper com o ciclo de fracassos e restaurar a confiança da população, isso porque Bolsonaro está inelegível por ter se reunido com embaixadores de outros países para falar da fragilidade do sistema eleitoral brasileiro.