Policial

Professor de dança e Coach vira réu por assassinar o pai a facadas na Capital

Justiça acata denúncia do MP e réu responderá por homicídio qualificado; mãe da vítima também foi agredida.






A Justiça de Campo Grande aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual contra Sahu Abel Heyn, de 35 anos, professor de dança e Coach motivacional acusado de assassinar o próprio pai, Hugo Abel Heyn, de 58 anos, a facadas no bairro Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian no último dia 27 de junho. Com a decisão, o acusado torna-se réu e deverá apresentar defesa prévia, por meio de advogado, no prazo legal.

Caso a defesa não seja apresentada, a Justiça determinará a nomeação de um defensor público. O juiz responsável pelo caso também autorizou a retirada do sigilo externo do processo, determinou a juntada de antecedentes criminais do acusado, laudos periciais e importação de imagens e depoimentos para instrução do processo. Sahu segue preso preventivamente desde a data do crime.

A tragédia aconteceu na madrugada de 27 de junho, quando Sahu, que teria diagnóstico de esquizofrenia e estaria em surto, agrediu violentamente a mãe com socos antes de invadir o quarto onde o pai tentava se proteger. Ele arrombou a porta e atacou Hugo com diversas facadas no peito e nos braços, além de desferir chutes na cabeça mesmo após a vítima já estar caída no chão. A mãe, que presenciou toda a cena, conseguiu fugir e pedir socorro na casa de familiares.

Testemunhas relataram momentos de desespero e violência extrema. “Ontem parecia um filme de terror. Ela gritava sem parar, ele dava murros que faziam a parede tremer”, contou uma vizinha. Outra moradora disse ter ouvido a vítima gritar pedindo ajuda enquanto o agressor fugia pelo telhado da casa.

A Polícia Militar e o Samu foram acionados, mas Hugo já estava sem vida quando o resgate chegou. O filho foi localizado e preso no  dia seguinte ao crime. O caso é investigado como homicídio qualificado por motivo fútil, com possibilidade de agravantes em razão da violência extrema e da condição da vítima.

Sahu Abel Heyn permanece à disposição da Justiça, e o processo segue em andamento com a coleta de provas e oitivas das testemunhas.