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Ancelotti elogia atuação do Brasil e achou que foi um jogo completo

Seleção brasileira fez 1 a 0, com gol de Vini Jr., e garantiu vaga na próxima Copa do Mundo






Carlo Ancelotti venceu seu primeiro jogo à frente do Brasil e garantiu vaga direta na Copa do Mundo de 2026. Com gol de Vini Jr., a Seleção fez 1 a 0 no Paraguai. Em entrevista coletiva, o aniversariante do dia, que completou 66 anos, valorizou a atuação de seus comandados.

– Creio que foi um bom jogo, muito bom no primeiro tempo, jogamos bem, com a posse de bola, controlando, embora tenhamos concluído pouco. Baixamos o ritmo no segundo tempo, mas no geral achei um jogo completo, estamos bem contentes. Temos que trabalhar, temos um ano, é importante encerrar a classificação nesses dois jogos, com uma boa atuação. A torcida está contente. Quero agradecer ao torcedor pela recepção que fizeram. Saímos contentes, agora é olhar adiante.

Sobre as entradas de Martinelli, Raphinha e Matheus Cunha nos lugares de Gerson, Estêvão e Richarlison, Ancelotti acredita que conseguiu uma boa química entre os jogadores da frente.

– A ideia era mudar um pouco o setor ofensivo. Martinelli mudou de posição com Vini, Cunha ajudou na posse de bola no ataque. Cunha, Martinelli, Raphinha...o time combinou bem; Vanderson empurrou muito o Paraguai pelo lado direito. Jogaram bem e por isso estou contente.

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Pressão do time e a “função de camisa 10”

– Futebol tem que ter intensidade com a bola e sem a bola. A pressão é importante pois não permite o rival de ter tempo para jogar como quer. Há um problema, porque precisa correr para fazer a pressão, tem que sacrificar, ter compromisso e atitude. E a equipe teve isso nos dois jogos. Queríamos fazer mais pressão no Equador, mostrar uma versão distinta. Nesse jogo fizemos bem. Pressionar é muito importante.

Os planos para os próximos três meses antes da Data Fifa de setembro

– Primeiro, achar onde morar. Segundo, sim, ir à Copa do Mundo de Clubes. Em terceiro, tenho uma lista ampla de jogadores que estão em todo mundo, no Brasil, Europa, Arábia. Tem uns 70 jogadores. Teremos tempo de avaliar cada um. Que todos esses 70 podem ir ao Mundial. Não há uma lista definitiva de 25, 26. Gostei muito da atitude, do compromisso e do ambiente que esses convocados trouxeram nessa primeira convocação.

Importância de não sofrer gols

– Sou italiano (risos). A equipe não tomou gol porque trabalharam bem atrás, os meio-campistas fizeram esforço extraordinária, como o Casemiro. Saio contente também por isso, mais por estarmos ao Mundial.

Jogos no Brasil

– É bom que para a gente que todo o país tenha a oportunidade de ver, isso alimenta a paixão em um país apaixonado como o Brasil, que aumenta isso para a Copa do Mundo. Vamos tentar ir a todo o país para fazer um bom Mundial.

"Hoje Cunha não era um centroavante"

– Obviamente é um sistema que podemos utilizar, o 4-3-3 que usamos contra o Equador também. Temos pontas muito bons. Podemos jogar com três meio-campistas. Hoje Cunha não era um centroavante, era um meia-atacante. Aproveitamos a velocidade de Vini, Martinelli e Rapinha para atacar as pontas, e Cunha jogando mais como um 10. Contra o Equador não jogou Cunha, jogou Gerson, preferi três meias para dar maior solidez atrás.

Vini Jr. mais protagonista?

– Não há nada contra que Vini possa fazer o que faz e o que irá fazer. As qualidades que ele mostrou foram muito boas. Gostamos muito do que fez hoje, atuou muito bem.

Primeiras semanas no Brasil

– Foram 15 dias muito bonitos em todos os sentidos. Fui muito bem recebido pelo povo brasileiro. Hoje, nos estádios. Me deram um monte de camisetas. O ambiente dentro da CBF é fantástico, uma família. A atitude dos jogadores foi muito boa. Conseguimos a vitória, então estamos felizes.

Casemiro

– Casemiro é uma segurança para a equipe. Sua qualidade, sua liderança é muito forte. Ele é um líder, como Danilo, Marquinhos, Alisson...não só pela qualidade, mas com atitude. Raphinha não quero nomear, teria que nomear todo mundo. Fizeram todos um bom trabalho. Não tivemos nenhum problema para manejar o vestiário. Foi tudo muito bem.

Beraldo na esquerda

– Ele pode jogar como zagueiro, obviamente, e como lateral-esquerdo também. Tendo Vini ou Martinelli, teria que subir menos do que Vanderson no lado direito. É um jogador muito inteligente, com toque de passe fantástico. Ele lê o jogo como um zagueiro. A saída atrás fica mais simples.

Evolução

– Controlamos muito melhor a bola. Precisávamos ganhar o jogo, tivemos mais mobilidade e chances. A saída atrás foi muito boa, com Alisson indo bem na saída. O ideal seria ter a mesma intensidade do primeiro tempo no segundo, mas o resultado nos favorecia e não nos arriscamos como no primeiro tempo.

Neymar

– Vi Neymar no hotel, demos um abraço. Quando estiver bem, ele poderá jogar em qualquer lugar do campo. Hoje poderia fazer a mesma função de Cunha, como o número 10. Nessa posição pode ser muito perigoso.

Rodrygo e Neymar

– Hoje jogamos com quatro atacantes, o time teve equilíbrio. Não é problema de jogar com quatro, três ou dois atacantes. É ter 10 jogadores que correm, que se sacrificam. Rodrygo fez isso muitas vezes, conhecemos muito bem. Neymar também pode fazer isso sem problema.

Raphinha

– Raphinha é um jogador espetacular, moderno, que combina a qualidade enorme que tem com trabalho físico extraordinário.

(Com ge)