O mercado financeiro brasileiro desta terça-feira (10/06) apresenta um movimento de leve queda do dólar comercial, enquanto a Bolsa de Valores registra alta expressiva, em meio a um cenário de dados econômicos moderados e expectativas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
Às 12h15 (horário de Brasília), o dólar comercial está cotado a R$ 5,558, apresentando queda de 0,06%. Durante a manhã, a moeda americana atingiu a cotação máxima do dia, R$ 5,57, mas recuou com a estabilização do cenário externo. O euro também acompanha a tendência de queda, cotado a R$ 6,352, com baixa de 0,04%.
Em contraponto, a Bolsa de Valores brasileira reage positivamente, refletindo o otimismo com dados econômicos e a menor pressão cambial. O índice Ibovespa avança 0,98%, alcançando 137.026,25 pontos, impulsionado por setores sensíveis à atividade econômica e ao desempenho do mercado internacional.
No âmbito global, os investidores permanecem atentos ao segundo dia das negociações entre EUA e China em Londres, que ainda não têm um prazo definido para conclusão, gerando um ambiente de cautela. O cenário externo também é impactado pela queda do euro e da libra esterlina, após dados do Reino Unido mostrarem aumento do desemprego e desaceleração do crescimento salarial, o que alimenta especulações sobre novos cortes de juros pelo Banco da Inglaterra.
No mercado de commodities, o petróleo mantém seu movimento de alta, com o barril WTI para julho cotado a US$ 65,56, enquanto o Brent para agosto opera em US$ 67,34, sustentado pela expectativa de melhora na demanda global caso as tensões comerciais sejam amenizadas.
Internamente, a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio trouxe números abaixo do esperado, com alta de 0,26% frente à previsão média de 0,34%. O resultado alivia parte das preocupações inflacionárias e pode influenciar a política monetária conduzida pelo Banco Central nas próximas reuniões.
Além disso, permanecem em debate no Congresso propostas que podem alterar a tributação sobre ativos de renda fixa, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Imposto de Renda, o que mantém a atenção dos investidores sobre possíveis mudanças que afetem a rentabilidade desses investimentos.
Com esses fatores, o mercado financeiro brasileiro segue um ritmo de cautela, com o dólar desacelerando após oscilações e a Bolsa aproveitando o momento para avançar, em meio a incertezas globais e sinais de estabilidade doméstica. Acompanhar as próximas movimentações será essencial para entender as tendências para os próximos dias.