Policial

Grupo de extermínio cobrava R$ 250 mil para espionar ministros do STF

A tabela encontrada por investigadores da PF traz preços ainda para deputados, senadores e “pessoas comuns” com uso de drones e prostitutas






O grupo de extermínio alvo da operação deflagrada pela PF (Polícia Federal) utilizava drones e prostitutas como instrumentos de espionagem.

A investigação, autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), teve como ponto de partida o assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros em Mato Grosso.

Zampieri é considerado peça central no inquérito. Em seu celular, os investigadores encontraram registros de negociações envolvendo a venda de sentenças judiciais, com menções a juízes de diversos tribunais país afora e até a gabinetes de ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A PF cumpre cinco mandados de prisão nesta fase da operação. Os alvos são integrantes da agência de “espionagem e extermínio”, formada por militares da ativa e da reserva, além de civis.

De acordo com a apuração, o grupo mantinha uma tabela de preços conforme o perfil do alvo. A espionagem contra ministros do STF custava R$ 250 mil. Para deputados, R$ 100 mil; e, para senadores, R$ 150 mil.

Esta é a sétima fase da operação que apura o suposto esquema de venda de decisões judiciais nos tribunais de Mato Grosso e no STJ.

Foi durante as investigações do esquema que a organização criminosa voltada para a prática de homicídios por encomenda e monitoramento ilegal foi descoberta.

O grupo se autodenominava "Comando C4", sigla para "Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos". (Com g1)