A Escola do Legislativo Senador Ramez Tebet da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), iniciou mais uma capacitação aos servidores: Curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras), com 46 horas/aulas. Ministrada pelos intérpretes de Libras do Legislativo Estadual, Claudio Luiz Vasques, Juliana Batista e Larissa Sisti, a finalidade é proporcionar treinamento aos servidores para um serviço inclusivo, além de promover a acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva.
Conforme a presidente de honra da Escola do Legislativo e secretária de Gestão de Pessoas da ALEMS, Marlene Figueira, serão 23 encontros que promoverão a inclusão, acessibilidade e o atendimento adequado às pessoas surdas que buscam os serviços do Poder Legislativo. “É muito importante esse curso de Libras porque é a segunda língua do nosso país. E os nossos parlamentares, em especial a Mesa Diretora e nosso presidente, são bastante sensíveis nesse sentido de receber bem as pessoas aqui na Casa do Povo. E para o surdo, é só através dessa língua de sinais que ele vai conseguir se sentir bem no ambiente. Então, esse ambiente tem que estar preparado para receber todas as pessoas. Assim é a acessibilidade”, destacou.
A secretária também explicou que neste segundo curso de Libras há servidores da Escolagov, do Poder Executivo. “A Escola do Governo também queria preparar uma capacitação desta natureza e como nós temos na Casa de Leis profissionais muito experientes trabalhando há algum tempo já nessa área, aconteceu essa parceria. É muito importante não só para a nossa casa, é importante para qualquer cidadão aprender essa linguagem”, salientou Marlene Figueira.
A intérprete de Libra, Juliana Batista, enfatiza a importância da capacitação: “Pela segunda vez a Assembleia Legislativa oferece o curso de Libras e sabemos que o número de surdos aqui no Estado é grande. Aqui no Legislativo criam-se as leis e é de fundamental importância a capacitação para os funcionários e assessore, pois quando vai se propor uma legislação, existem alguns termos que nós utilizamos erroneamente, como por exemplo vou citar o que não existe mais, que é o portador de deficiência, mas sim a pessoa com deficiência. Conforme as pessoas vão tendo esse contato com a Libras, vão entendendo como formular o texto. É importante também essa parceria com a Escola do Governo porque impulsiona a acessibilidade e também permite que os funcionários saibam como atender as pessoas quando chegarem aqui. Os funcionários saberão se comunicar com o surdo”, pontuou.
Para a servidora do Legislativo Estadual, Valdirene Macena, destaca a oportunidade de aprender a língua de sinais. “Eu sou professora universitária e atualmente trabalho na saúde. Esse curso está sendo de grande valia e de suma importância para que a gente possa estar capacitando e buscar também manter essa relação dialética com o público dos deficientes auditivos. E até mesmo uma oportunidade única de capacitação para poder facilitar essa interlocução com esse público que necessita, às vezes, de um atendimento, ou de alguém para estar intermediando o processo da saúde. Então, eu estou muito feliz que a casa está proporcionando esse curso e assim podemos ser multiplicadores também”, colocou.
O encerramento da capacitação está previsto para 10 de novembro de 2025. A Lei 10.436 de 2002 legitima a Libras como idioma advindo das comunidades surdas e obriga o Poder Público a adotar formas institucionalizadas de apoiar o uso e a difusão dessa língua como meio de comunicação. A TV Assembleia, desde 2017, insere em sua programação a tradução simultânea para a língua utilizada pelos surdos no Brasil.