Policial

Laudo indica tentativa de defesa de caseiro em ataque de onça no Pantanal

Jorge Ávalo apresentava lesões compatíveis com reação vital durante o ataque e foram encontrados também fragmentos de ossos e cabelos nas fezes do animal, que estão sob análise.






 Um laudo preliminar revelou que o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, tentou se defender durante o ataque de uma onça-pintada no Pantanal. Segundo o delegado Luis Fernando Mesquita, responsável pela investigação, a vítima apresentava uma lesão no braço compatível com uma tentativa de defesa contra o ataque de um animal silvestre de grande porte, indicando que estava viva no momento do ataque .
Jorge era caseiro e foi morto por uma onça em um  pesqueiro situado no Pantanal.

O ataque ocorreu na manhã de 21 de abril, em um pesqueiro na região de Touro Morto, onde Ávalo trabalhava. Um guia de pesca local encontrou vestígios de sangue e pegadas de onça nas proximidades do rancho, o que levou à descoberta do ataque .

Imagens da onça capturada no Pantanal, suspeita do ataque ao caseiro no último dia 21 de abril.                          (Foto: Saul Scharmm)

A onça-pintada, um macho de aproximadamente nove anos e 94 quilos, foi capturada três dias após o ataque e encaminhada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) em Campo Grande. Nas fezes do animal, foram encontrados fragmentos de ossos e fios de cabelo, que estão sendo analisados para confirmar se são humanos .

O laudo final ainda está em elaboração, e as autoridades destacam a complexidade dos exames para garantir a precisão dos resultados. Enquanto isso, a onça permanece sob observação no CRAS, apresentando comportamento alerta e reativo à presença humana, se alimentando normalmente, conforme o último boletim veterinário do último dia 6 de maio.

 O caso reacende o debate sobre a convivência entre humanos e animais silvestres no Pantanal, destacando a importância de medidas preventivas para evitar conflitos e garantir a segurança de ambos.