Uma das principais condições para a União Europeia (UE) suspender ou alterar sanções contra a Rússia é a retirada de todas as forças russas da Ucrânia, disse a Comissão Europeia.
Os Estados Unidos chegaram a acordos separados na terça-feira (25) com Ucrânia e Rússia para um cessar-fogo no Mar Negro e contra alvos do setor de energia. Em contrapartida, os EUA concordaram em trabalhar para suspender algumas sanções contra Moscou.
A UE não foi convidada para essas negociações. A Comissão afirmou que o bloco apoia o acordo entre Estados Unidos e Ucrânia.
“O fim da agressão russa não provocada e injustificada na Ucrânia e a retirada incondicional de todas as forças militares russas de todo o território da Ucrânia seria uma das principais pré-condições para alterar ou suspender as sanções”, destacou a porta-voz da UE para assuntos internacionais e política de segurança, Anitta Hipper.
A Rússia afirmou na terça que os Estados Unidos concordaram em ajudá-la a suspender uma série de sanções ocidentais e restrições a empresas de alimentos, fertilizantes e transporte como pré-condições para um acordo de segurança marítima no Mar Negro.
Diplomatas ressaltaram à Reuters que a maior parte das restrições listadas pelo Kremlin está relacionada a sanções e restrições da União Europeia.
A Comissão Europeia acrescentou que o bloco não tem sanções direcionadas a produtos agrícolas, mas “tarifas proibitivas” sobre produtos de grãos importados da Rússia e de Belarus, que entraram em vigor em 1º de julho.
Outras tarifas sobre mais produtos agrícolas, bem como sobre alguns fertilizantes, ainda estão sendo discutidas.
Os países da União Europeia renovaram sanções do bloco contra a Rússia por mais seis meses no final de janeiro e neste mês. Quaisquer mudanças nas sanções exigem unanimidade entre seus 27 Estados-membro.
“A Rússia deve agora demonstrar vontade política genuína para pôr fim à sua guerra de agressão ilegal e não provocada”, acrescentou Hipper.
“A experiência tem mostrado que a Rússia deve ser julgada por suas ações, não por suas palavras”, concluiu.
CNN Brasil