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EUA não consideram devolver armas nucleares à Ucrânia, diz assessor da Casa Branca

Rússia afirmou que possível envio do armamento era "insanidade absoluta"






Os Estados Unidos não estão considerando devolver à Ucrânia as armas nucleares que o país cedeu após o colapso da União Soviética, disse o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, neste domingo (1°).

Sullivan fez a declaração após ser questionado sobre reportagem do New York Times do mês passado, que afirma que algumas autoridades ocidentais que não foram identificadas sugeriram que o presidente dos EUA, Joe Biden, poderia dar as armas à Ucrânia antes de deixar o cargo.

“Isso não está sendo considerado. O que estamos fazendo é levar várias capacidades convencionais para a Ucrânia, para que ela possa se defender efetivamente e levar a luta até os russos, e não [dar a eles] capacidade nuclear”, comentou o assessor à ABC.

Na semana passada, a Rússia afirmou que a ideia de enviar armas nucleares à Ucrânia era uma “insanidade absoluta” e que evitar esse cenário era um dos motivos pelos quais Moscou enviou tropas para o país vizinho.

A Ucrânia herdou armas nucleares da União Soviética após o colapso do país em 1991, mas abriu mão delas em um acordo de 1994, o Memorando de Budapeste, em troca de garantias de segurança da Rússia, dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

 

 

CNN Brasil