Campo Grande

Mesmo sob pressão financeira, prefeitura paga 13º salário

Anúncio alivia servidores, mas não afasta desgaste da administração municipal






Apesar do arrocho financeiro e de uma série de dificuldades enfrentadas pela gestão da prefeita Adriane Lopes (PP), a Prefeitura de Campo Grande anunciou o pagamento do décimo terceiro salário dos servidores públicos municipais, aposentados e pensionistas.

Os valores foram depositados na quinta-feira (18) e estarão disponíveis nas contas dos trabalhadores a partir desta sexta-feira (19).

O pagamento ocorre dentro do prazo legal, que se encerra no dia 20 de dezembro, mas em meio a um cenário de tensão administrativa e cobranças públicas sobre a condução das finanças municipais.

Nos últimos meses, a gestão tem sido alvo de críticas em diferentes frentes, especialmente pela dificuldade de honrar compromissos básicos, o que tem engessado o funcionamento da máquina pública.

Entre os episódios mais recentes está a greve do transporte coletivo, deflagrada por motoristas em razão do atraso no pagamento de salários e benefícios, situação que deixou milhares de usuários sem ônibus e escancarou problemas na relação entre o município, o Consórcio Guaicurus e os trabalhadores do setor.

O impasse só foi amenizado após intervenção do Judiciário e articulações emergenciais do poder público.

Além disso, a área da saúde tem sido um dos principais focos de críticas, com reclamações recorrentes sobre falta de insumos, dificuldades no atendimento e pressão sobre unidades básicas e hospitais, refletindo os limites orçamentários e operacionais da administração municipal.

Nesse contexto, o anúncio do pagamento do 13º é visto como um alívio para os servidores, mas também evidencia o esforço da Prefeitura para manter compromissos mínimos em meio a um ambiente de restrições fiscais, queda de arrecadação e aumento das demandas sociais.

A administração municipal informou que o pagamento segue o calendário previsto, mas não detalhou se outras medidas de contenção de despesas ou ajustes adicionais estão sendo adotadas para fechar o ano fiscal. Enquanto isso, a gestão Adriane Lopes segue pressionada a apresentar soluções estruturais para áreas sensíveis e evitar que novos impasses comprometam o funcionamento dos serviços públicos na Capital.