Até o início da manhã desta quarta-feira, 6, a lista de assinaturas de senadores que querem o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STEF (Supremo Tribunal Federal), contava com 38 nomes a favor.
Quase todos os parlamentares do PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, deixaram sua assinatura, exceto dois: o senador Romário (PL-RJ) e a senadora Eudócia Caldas (PL-AL).
Os nomes de ambos estão na lista de "indecisos", segundo o site votossenadores.com.br, que monitora as atualizações da lista. Nas redes sociais, os dois começaram a ser pressionados por bolsonaristas para declararem apoio ao impeachment de Moraes. O ex-jogador é o alvo principal das queixas, por ter maior presença online.
Em suas últimas duas publicações no Instagram, os comentários foram infestados por apoiadores do ex-presidente pedindo um posicionamento de Romário. Com 4,3 milhões de seguidores, suas postagens costumavam não chegar nem a mil comentários: nas últimas duas chegaram a 12,4 mil e 37,7 mil.
Dentre os senadores que são a favor do impeachment de Moraes, a maioria é de partidos de direita, com exceção para alguns parlamentares do PSD, que se intitula de centro e tem representantes votando tanto contra como a favor.
Com relação ao PT, todos os senadores da sigla já se posicionaram contra o impeachment do ministro do STF.
Pedidos
Ao longo dos últimos anos, dezenas de pedidos contra ministros do STF foram apresentados no Senado, mas nenhum deles foi adiante. Assim como no caso de um presidente da República, é preciso que ele tenha cometido um crime de responsabilidade como definido na lei 1079, de 10 de abril de 1950.
No caso dos ministros do STF, os crimes de responsabilidade previstos são de cinco tipos: "alterar, por qualquer forma, exceto por via de recurso, a decisão ou voto já proferido em sessão do Tribunal; proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa; exercer atividade político-partidária; ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo; proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções". (Com Portal Terra)