Um novo levantamento mostra que o pai da criança de 2 anos, que acidentalmente matou a mãe com sua pistola, já havia sido preso em outubro de 2023 após efetuar disparos para o alto e realizar manobras perigosas em uma fazenda, além de ameaçar outra pessoa no mesmo evento.
Naquela ocasião, ele foi autuado por ameaça (art. 147 do Código Penal) e disparo de arma de fogo (art. 15 do Estatuto do Desarmamento), sendo liberado após pagamento de fiança de R$ 3.960,00, mas teve a carabina apreendida
ANTECEDENTES
No episódio de 2023, o homem realizou “cavalo de pau” com veículo e depois disparou, o que motivou sua prisão em flagrante e consequente denúncia e fiança. A Justiça manteve a apreensão da arma usada, considerando-a importante para o inquérito, recusando seu retorno ao autor .

TRAGÉDIA
Na noite de sexta-feira (13), em Rio Verde de Mato Grosso, município a 194 km de Campo Grande, o menino de 2 anos encontrou uma pistola Glock 9 mm, registrada em nome do pai, sobre a mesa da varanda e disparou acidentalmente contra a mãe, Déborah Rodrigues Monteiro, 27 anos. A arma perfurou o braço e o tórax da vítima. Apesar de o marido ter acionado o Samu, Déborah teve parada cardíaca no hospital e não resistiu.
A Polícia Civil registrou o caso como homicídio culposo e omissão de cautela quanto à guarda da arma.
RELAÇÃO DO CASAL
A vítima foi velada e enterrada em Rio Verde de Mato Grosso, após a realização de exames no IML de Coxim. Fontes próximas informam que Déborah e o pai da criança tinham um relacionamento de cerca de dois anos, período em que tiveram o menino que, tragicamente, acabou causando o acidente fatal.
SITUAÇÃO ATUAL
O pai, que possui porte legal para a Glock, foi ouvido pela polícia e segue em liberdade, mas responderá pelo inquérito por homicídio culposo e negligência na guarda de arma.
A criança pode ser acompanhada pelo Conselho Tutelar e outros serviços de acompanhamento psicossocial, conforme apuração da Polícia Civil. A arma, o carregador e ao menos 19 munições (incluindo deflagradas) foram apreendidos na residência da vítima.