Campo Grande, sexta-feira, 20 de junho de 2025.
Policial

Pai que teve arma disparada pelo filho em tragédia já teve problemas anteriores

Déborah Rodrigues Monteiro, 27 anos, atingida por um disparo acidental de pistola na noite da última sexta-feira (13) pelo filho de 2 anos foi velada e enterrada em Rio Verde de MT






Um novo levantamento mostra que o pai da criança de 2 anos, que acidentalmente matou a mãe com sua pistola, já havia sido preso em outubro de 2023 após efetuar disparos para o alto e realizar manobras perigosas em uma fazenda, além de ameaçar outra pessoa no mesmo evento.

Naquela ocasião, ele foi autuado por ameaça (art. 147 do Código Penal) e disparo de arma de fogo (art. 15 do Estatuto do Desarmamento), sendo liberado após pagamento de fiança de R$ 3.960,00, mas teve a carabina apreendida

ANTECEDENTES

No episódio de 2023, o homem realizou “cavalo de pau” com veículo e depois disparou, o que motivou sua prisão em flagrante e consequente denúncia e fiança. A Justiça manteve a apreensão da arma usada, considerando-a importante para o inquérito, recusando seu retorno ao autor .

Déborah conversava com o marido na varanda e o casal não viu quando o filho pegou a pistola destravada

TRAGÉDIA

Na noite de sexta-feira (13), em Rio Verde de Mato Grosso, município a 194 km de Campo Grande, o menino de 2 anos encontrou uma pistola Glock 9 mm, registrada em nome do pai, sobre a mesa da varanda e disparou acidentalmente contra a mãe, Déborah Rodrigues Monteiro, 27 anos. A arma perfurou o braço e o tórax da vítima. Apesar de o marido ter acionado o Samu, Déborah teve parada cardíaca no hospital e não resistiu.

A Polícia Civil registrou o caso como homicídio culposo e omissão de cautela quanto à guarda da arma.

RELAÇÃO DO CASAL

A vítima foi velada e enterrada em Rio Verde de Mato Grosso, após a realização de exames no IML de Coxim. Fontes próximas informam que Déborah e o pai da criança tinham um relacionamento de cerca de dois anos, período em que tiveram o menino que, tragicamente, acabou causando o acidente fatal.

SITUAÇÃO ATUAL

O pai, que possui porte legal para a Glock, foi ouvido pela polícia e segue em liberdade, mas responderá pelo inquérito por homicídio culposo e negligência na guarda de arma.

A criança pode ser acompanhada pelo Conselho Tutelar e outros serviços de acompanhamento psicossocial, conforme apuração da Polícia Civil. A arma, o carregador e ao menos 19 munições (incluindo deflagradas) foram apreendidos na residência da vítima.