Economia

Projeção do mercado é de Selic 14,75% ao ano até ao fim de 25

Ao mesmo tempo, os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC reduziram para 5,44% as expectativas de inflação para este ano






 

As projeções apresentadas hoje pelo Relatório Focus apontam para a manutenção da taxa básica de juros em 14,75% ano ano, maior patamar desde junho de 2006, até o fim deste ano.

Ao mesmo tempo, os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) reduziram para 5,44% as expectativas de inflação para 2025.

Como devem ficar os juros

Mercado financeiro projeta o fim do ciclo de alta dos juros. As perspectivas apontam que a taxa Selic permanecerá inalterada em 14,75% ao ano até o fim de 2025.

O Copom (Comitê de Política Monetária) ainda realiza mais cinco definições sobre os juros neste ano. As reuniões acontecerão nos meses de junho, julho, setembro, novembro e dezembro.

Diretores do BC deixaram o fim do ciclo de alta da taxa Selic em aberto. Na ata da última reunião, o Copom defendeu o compromisso de devolver a inflação para o centro da meta e ressaltou que os próximos passos permanecem incertos, devido a um "cenário de elevada incerteza".

Com relação à próxima reunião, o Comitê avaliou que o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação.
Ata da 270ª reunião do Copom

Apesar da queda, projeção mantém IPCA acima do teto da meta. O intervalo estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para a inflação é de 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%. A partir deste ano, o BC precisa justificar cada furo da meta no acumulado em 12 meses por seis meses consecutivos.

IPCA projetado para o mês de maio é de 0,56%. Se confirmado, o percentual a ser divulgado amanhã resultará na perda de força do índice em relação à variação de abril, quando a alta dos preços foi puxada pelo aumento das contas de energia elétrica e dos medicamentos.

Expectativas para 2026, 2027 e 2028 seguem inalteradas. Para o ano que vem, as projeções apontam para variação de 4,5% do índice de preços. Já para os dois anos seguintes, a variação esperada permanece em 4% e 3,85%, respectivamente. (Com UOL SP)