A instituição, que acolhe pessoas com deficiência física e intelectual e realiza a gestão de alguns benefícios recebidos por esses, deveria prestar contas sobre os gastos realizados, a finalidade dos valores investidos e eventuais economias em relação a cada morador.
Ocorre que algumas informações davam conta de que durante o ano de 2023 a prestação de contas apresentava algumas inconsistências, o que poderia indicar má gestão de valores ou até mesmo a ocorrência de crimes previstos no Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Após o início da investigação, que contou com a oitiva de diversos residentes, funcionários e testemunhas, análise de documentos contábeis, recibos e auditorias de prestação de contas e perícias criminais, que determinaram a falsificação de assinaturas em documentos com o intuito de fraudar a contabilidade, foi constatado um desfalque patrimonial de grande monta em relação aos valores que teriam sido recebidos.
Estima-se, até o momento, que aproximadamente R$ 60.000,00 possam ter sido desviados dos residentes, muitos deles com deficiência na locomoção, deficiências visuais e alguns não verbais, que necessitam dos valores para necessidades básicas, como alimentação, higiene, comunicação com familiares, medicações, entre outros.
A coordenadora do projeto, que respondeu pelo período de novembro 2022 a dezembro 2023, está sendo investigada.