A categoria, que vinha reivindicando um reajuste salarial há meses, além de melhorias nas condições de trabalho e aumento do ticket alimentação, teve suas principais demandas atendidas. O impasse se arrastava desde o início do ano, com quatro rodadas de negociação sem sucesso.
A decisão de conceder o reajuste de 8% foi tomada após uma intensa mobilização dos trabalhadores, que chegaram a ameaçar uma paralisação do transporte público. A greve, inclusive, já havia sido marcada para a segunda-feira (25), mas foi adiada a pedido do Hemosul, que solicitou a colaboração dos trabalhadores para garantir o abastecimento de sangue nos hospitais.
Além do reajuste salarial, os motoristas também devem receber melhorias no plano de saúde e odontológico. O valor do ticket alimentação, que atualmente é de R$ 250, também deverá ser reajustado, embora o valor final ainda não tenha sido divulgado.
Ao longo do ano, os motoristas enfrentaram diversos desafios, como a falta de profissionais e a necessidade de realizar escalas extras para garantir a operação do transporte público. A demanda por reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho se intensificou após um período de alta inflação e aumento dos custos de vida.
A conquista do reajuste salarial pelos motoristas é uma vitória importante para a categoria, mas também traz impactos para os usuários do transporte público. Aumento de custos operacionais pode levar a novas discussões sobre o reajuste da tarifa do ônibus, que já foi reajustada em março deste ano.
Com o acordo fechado, a expectativa é de que a operação do transporte público em Campo Grande seja normalizada. No entanto, os desafios enfrentados pela categoria e pela empresa concessionária ainda precisam ser discutidos e resolvidos a longo prazo.
