A aliança partidária que carregou a campanha vitoriosa dos candidatos a prefeito, Dr Gabriel de Oliveira (PSB), e a vice, Bia Cavassa (PSDB), não deu a Corumbá um mero resultado eleitoral. O resultado foi muito mais importante e abrangente em aspectos fundamentais para a população local: o resgate pleno de sua autoestima e a afirmação do protagonismo do município no centro das decisões que serão tomadas a partir de agora no âmbito das questões políticas e econômicas de Mato Grosso do Sul.
Para a construção desta chapa, um dos idealizadores fundamentais foi o deputado estadual Paulo Duarte, presidente regional do PSB. Ele soube abrir o caminho para estreitar os entendimentos com as duas lideranças centrais do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja e o governador Eduardo Riedel. Deste ponto de partida saíram novas articulações, ampliando o arco de apoios em busca de uma solução que, em síntese, significaria enfrentar e derrotar os projetos de continuísmo da gestão local.
O prefeito corumbaense, Marcelo Iunes – eleito pelo PSDB, entretanto desgarrado das orientações partidárias -, lançou o seu secretário municipal de Governo, Luiz Antônio Pardal. Queria fazer o sucessor e, assim, pavimentar a estrada para sair candidato a deputado estadual em 2026. Individualista, seu jogo não evoluiu dentro do ninho tucano. Então alojou Pardal no PP e apostou na força da máquina para cooptar os eleitores. Só não contou com a inteligente e ajustada estratégia que Paulo Duarte e seus aliados haviam traçado.
VITÓRIA MAIÚSCULA
Com um programa de gestão que convenceu o eleitorado a optar pela opção da mudança e a afirmação do reencontro efetivo com seu histórico perfil cultural e social, a campanha de Gabriel e Bia tornou-se a campanha de uma cidade inteira, como havia projetado Paulo Duarte. “Prevaleceu não somente uma vontade majoritária de votos, mas um sentimento generalizado, um bom e renovado impulso de fazer Corumbá protagonista, e não mera coadjuvante das decisões que impactam todos os sul-mato-grossenses”, define.
Para Paulo Duarte, não poderia ser dada uma resposta mais categórica e definitiva da sociedade sobre o que deseja em seu futuro. “Os votos estão aí e dizem o que os corumbaenses querem”, enfatiza, referindo-se aos resultados da disputa. A chapa Gabriel-Bia teve 28.934 votos, contra 10.659 da dupla Pardal e João Antônio. São quase três vezes a mais de diferença do primeiro para o segundo. Além disso, os votos de Gabriel superam a soma de votos dos seus três concorrentes.