Israel “eliminou” o sucessor do falecido líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“Eliminamos milhares de terroristas, incluindo o próprio Nasrallah, o sucessor de Nasrallah e o sucessor do sucessor de Nasrallah”, disse Netanyahu numa declaração em vídeo.
No sábado (5), uma fonte de segurança libanesa disse à CNN que o Hezbollah havia perdido contato com Hashem Safieddine depois que um ataque israelense nos subúrbios ao sul de Beirute o atingiu na sexta-feira (4). Acreditava-se que Safieddine seria um possível sucessor do líder do Hezbollah.
Netanyahu dirigiu-se diretamente ao povo do Líbano na declaração desta terça-feira, chamando-o para enfrentar o Hezbollah e “retomar o seu país”.
“Cristãos, drusos, muçulmanos – sunitas e xiitas – todos vocês estão sofrendo por causa da guerra fútil do Hezbollah em Israel”, disse Netanyahu.
“Temos a oportunidade de salvar o Líbano antes que caia no abismo de uma longa guerra que trará destruição e sofrimento semelhante ao que vemos em Gaza”, continuou ele.
A guerra de Israel contra o Hezbollah matou mais de 1.400 pessoas no Líbano, segundo o ministério da saúde libanês. Mais de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas desde a escalada dos combates no mês passado, disseram as autoridades libanesas.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
CNN Brasil