Campo Grande

Campo Grande zera índice de alto risco de infestação do Aedes aegypti nos bairros

Índice de alto risco de infestação do mosquito Aedes aegypti cai de oito para zero



(Foto: Karine Matos /PMCG)




Campo Grande zerou o índice de alto risco de infestação do mosquito Aedes aegypti em bairros. Os dados do LIRaa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti), divulgado nesta terça-feira (7) pela CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais), da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), aponta uma redução na quantidade de áreas em situação de risco em comparação com o último levantamento de março.

Conforme os números, as regiões saíram de oito para nenhuma com índice de infestação superior a 1%. O resultado positivo é reflexo das ações estratégicas adotadas pelo Município nos últimos dois meses, como a Operação Mosquito Zero.

Entretanto, 18 áreas estão em alerta e 53 com índices considerados satisfatórios — abaixo ou igual a 1% de infestação. No LiRaa divulgado em março, as áreas das USFs e UBSs Vida Nova, São Francisco, Aero Rancho, Vila Nasser, José Abrão, Cruzeiro/Autonomista, Azaleia e Aero Rancho IV apareciam em risco, outras 30 em alerta e 34 em situação satisfatória.

“Isso mostra que nossas ações têm feito a diferença. Temos trabalhado diariamente para evitar que o nosso Município e nossa população sofra ainda mais com as doenças transmitidas pelo mosquito (Aedes aegypti), como a dengue, zika e chikungunya. No entanto, isso não significa que a gente pode relaxar agora. Temos que continuar atuando e contando com a colaboração da população para reduzir ainda mais esses índices”, disse José Mauro Filho, secretário da Sesau.

O secretário chama a atenção para o fato de 80% dos focos ainda serem encontrados dentro das residências, em objetos passíveis de descarte na coleta de lixo comum.

“Diferente do que muita gente pensa, a maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto, é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, disse.

aedes aegypti
(Foto: Divulgação/PMCG)

Mosquito Zero

No dia 2 de maio, a Prefeitura de Campo Grande lançou uma nova etapa da “Operação Mosquito Zero - É matar ou morrer”, com o objetivo de potencializar as ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, com o apoio de todas as secretarias. Mais de 350 servidores da CCEV foram mobilizados em ações que ocorreram de maneira simultânea, nas sete regiões urbanas do Município.

Conforme o relatório da coordenadoria, somente no primeiro mês (2 a 27 de maio) foram ao todo 87.153 imóveis inspecionados, 59.221 depósitos removidos e 2.239 focos do mosquito Aedes aegypti encontrados e eliminados.

Diariamente, viaturas do fumacê estão percorrendo esses bairros e paralelamente o trabalho de campo está sendo intensificado por meio das vistorias e orientações a cargo dos agentes de saúde.

Dados epidemiológicos do mosquito Aedes aegypti

De 1º de janeiro a 31 de maio foram notificados 7.121 casos de dengue e seis óbitos provocados pela doença em Campo Grande. Somente no mês de abril foram 2.839 casos, o que representa quase o triplo de aumento em relação ao mesmo período do ano passado, que teve 828 notificações da doença. Os casos de zika e chikungunya se mantêm estáveis, com 32 e 72 registros, respectivamente.

Além do trabalho de manejo e controle efetivo da doença com a visitação e o uso do Fumacê, a Capital está utilizando a ciência como aliada no enfrentamento do Aedes aegypti. Campo Grande é uma das cinco cidades do País escolhidas para receber o projeto Wolbachia.

No mês passado, mais nove bairros foram contemplados na chamada Fase 4 de implementação do método Wolbachia na Capital. O método é complementar no combate a dengue, zika e chikungunya.
Desde o dia 15 de março, as liberações dos mosquitos estão acontecendo nos bairros Coronel Antonino, José Abrão, Mata do Jacinto, Mata do Segredo, Monte Castelo, Nasser, Novos Estados, Nova Lima e Seminário.

Ao mesmo tempo em que ocorrem as liberações da Fase 4, teve início o engajamento da Fase 5, que vai chegar em 21 bairros: Amambaí, Autonomista, Bandeirantes, Bela Vista, Cabreúva, Caiçara, Carvalho, Centro, Cruzeiro, Glória, Itanhangá, Jardim dos Estados, Margarida, Monte Líbano, Planalto, Santa Fé, São Bento, São Francisco, Sobrinho, Taveirópolis e União.