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Outro escândalo, agora sexual, envolve maior presídio de MS - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Caso tem troca de “nudes” entre presos e enfermeiras do setor de saúde e “namoro” entre sevidor e presidiário - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS



Penitenciária Estadual de Dourados, maior de MS, com 2.700 presos (Foto: Arquivo) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS




Marcada por várias denúncias de irregularidades nos últimos anos, a Penitenciária Estadual de Dourados – cidade a 233 km de Campo Grande – está envolvida em outro escândalo, agora apimentado por histórias sexuais entre condenados e servidores e suspeita de favorecimento a presos.

Um servidor do presídio, o maior de Mato Grosso do Sul e onde vivem pelo menos 2.700 detentos, foi afastado das funções por suspeita de manter diálogos com presos através de aplicativo de celular. O caso vai ser apurado pela corregedoria da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

A reportagem apurou que o escândalo envolve suposto relacionamento amoro entre esse agente penitenciário e um dos presos. Irmão de uma servidora que ocupa cargo de chefia no presídio, o servidor teria se aproveitado da situação para oferecer regalias ao “namorado”.

Outra denúncia revela que os presos estariam mantendo conversas por aplicativo de celular e trocando fotos de “nudes” com profissionais de enfermagem do setor de saúde da PED. Essas profissionais são servidoras do município de Dourados, cedidas para a penitenciária.


O preso Jeanderson Bronel Lavrati Nunes (Foto: Direto das Ruas)
O Campo Grande News apurou que um dos presos envolvidos no caso é Jeanderson Bronel Lavrati Nunes, condenado a 25 anos de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte), ocorrido em 2011, em Laguna Carapã. Durante o assalto, o dono da conveniência foi morto a golpes de faca e tiros por Jeanderson um cúmplice.

Mesmo com um quarto de século de pena a cumprir em regime fechado, Jeanderson era o chefe da cantina do presídio e morava na “capela”, setor onde geralmente ficam recolhidos políticos e presos provisórios com nível superior. Foi nesse local que ficaram os vereadores presos por corrupção, em 2018.

Nudes – Segundo informações relevadas por fontes do presídio, o escândalo foi descoberto após vistoria nas celas encontrar dezenas de celulares. Pelo menos 37 aparelhos teriam sido apreendidos, 12 deles apenas na “capela”, inclusive um iPhone 12, lançamento da Apple que custa até 8,8 mil.