A decisão de proibir a entrada de membros da organizada palmeirense em estádios da capital paulista foi publicada em portaria pela Federação Paulista de Futebol (FPF). A entidade paulista foi quem acatou o pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo. A medida passa a valer a partir desta quarta-feira.
A resolução proibe a entrada de qualquer indumentária e objetos (como faixas, bandeiras, camisetas, etc.) que identifiquem os associados da torcida organizada alviverde. A portaria foi assinada por Fábio Barbosa Moraes, diretor-executivo do Departamento de Segurança e Prevenção de Violência da Federação Paulista.
A decisão traz a seguinte solicitação: "Atender integralmente a recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo, para que seja PROIBIDA a entrada, nos estádios de futebol do Estado de São Paulo, de qualquer indumentária e objetos (faixas, bandeiras etc.) que identifiquem os associados da torcida organizada “GRÊMIO RECREATIVO E CULTURAL TORCIDA MANCHA ALVIVERDE” a contar desta data".
A FPF ainda informou que oficiará os Órgãos de Segurança do Estado e o Ministério Público do Estado de São Paulo "para fins de fiscalização no cumprimento desta Portaria".
Com a publicação da portaria, os membros da Mancha Verde até podem continuar frequentando os jogos do Palmeiras, mas sem portar qualquer tipo de objeto ou peça de vestuário que faça referência à organizada.
O Palmeiras é rompido com as torcidas organizadas do clube. A presidente Leila Pereira, inclusive obteve medidas protetivas contra líderes da Mancha Verde após sofrer ameaças.
Entenda o caso
A madrugada do último domingo ficou marcada por uma briga entre as torcidas de Palmeiras e Cruzeiro, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo. A Polícia Civil investiga o ocorrido, que deixou uma pessoa morta e outras 17 feridas.
Em nota enviada à imprensa no último domingo, a Secretária de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que, de acordo com as informações preliminares, os torcedores do Cruzeiro sofreram uma emboscada de organizados do Palmeiras. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o confronto envolveu cerca de 150 pessoas.
Já na última segunda-feira, a Mancha Verde se pronunciou pela primeira vez após a briga entre as torcidas do Verdão e do Cruzeiro. Em nota, a organizada lamentou o ocorrido e afirmou que não teve nenhum tipo de relação com o incidente.
"A Mancha Alvi Verde vem sendo apontada injustamente, através de alguns meios de imprensa e redes sociais, de envolvimento em uma emboscada ocorrida na Rodovia Fernão Dias, próximo ao túnel de Mairiporã, na madrugada deste domingo (27)", foi escrito.
"Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alvi Verde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos", acrescentou. Gazeta Esportiva