Policial

Mulher acusada de mortes liga para rádio e no ar ameaça apresentador

Selva Elizabeth Portillo Rodas, a “Selva Hũ”, disse que radialista deveria se preocupar com os filhos e a mãe






Acusada de ordenar execuções na fronteira Brasil-Paraguai, Selva Elizabeth Portillo Rodas, conhecida como “Selva Hũ”, está sendo procurada pela Polícia Nacional do Paraguai. Em uma atitude surpreendente, Selva ligou para uma rádio paraguaia para intimidar o apresentador Julio Colmán, que havia divulgado as suspeitas da polícia contra ela no programa.

Ameaçando o radialista, Selva afirmou: “Não abra mais sua boca sem saber a realidade”. Ela também negou qualquer ligação com o narcotraficante Felipe Santiago Acosta, o “Macho”, um dos criminosos mais procurados do Paraguai e líder de um cartel de drogas em guerra na região de Salto Del Guairá, a 20 km da fronteira com Mundo Novo (MS). “Não conheço esse senhor, nunca falei com ele”, declarou Selva.

Segundo a imprensa paraguaia, durante a entrevista, Selva elevou o tom de voz e fez uma advertência ameaçadora ao radialista. “Se tem filhos e tem mãe, por favor, te peço, pense bem antes de falar de mim porque meus filhos estão sofrendo”.

Nesta terça-feira (23), Selva Rodas entrou com pedido de habeas corpus preventivo na Justiça do Paraguai para evitar sua prisão. De acordo com as autoridades paraguaias, ela é suspeita de ser a mentora de vários assassinatos nos últimos meses na fronteira, possivelmente como parte de uma disputa pelo controle do tráfico de drogas na região.

Uma das vítimas foi o padrasto de Selva, morto a tiros em novembro de 2023. A investigação sugere que a mulher se aliou a Felipe Acosta para eliminar traficantes rivais que disputam o controle do fornecimento de maconha, cocaína e armas na região. O caso segue em investigação, e ainda não há data para a decisão sobre o pedido de habeas corpus de Selva.

A violência na fronteira Brasil-Paraguai é motivo de preocupação para as autoridades e para a população. A investigação do caso Selva Hũ está em andamento, e espera-se que a justiça traga respostas e puna os responsáveis pelos crimes. A colaboração entre as polícias do Brasil e do Paraguai é fundamental para combater o crime organizado e garantir a segurança na região.