Economia

Produção de carne bovina em MS caiu em 2020, mas faturamento cresceu 16%

Pesquisa do IBGE mostra mudança no mercado de carne bovina em ano que começou a pandemia



Exportações de carne seguem em alta. Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil




Em 2020 o Mato Grosso do Sul foi o terceiro maior produtor do país de carne bovina e apesar de reduzir drasticamente a produção em relação a 2019, aumentou o faturamento em 16,34%. Resultado em consequência da mudança global de mercado devido ao início da pandemia de Covid-19.

Os dados da Pesquisa Industrial Anual - Produto 2020, divulgada hoje (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que em 2020 o Estado caiu uma posição no ranking, passando a ser o terceiro maior produtor do país. São Paulo assumiu a segunda posição e Mato Grosso se manteve como líder.

Mas muita coisa mudou no mercado de carnes em 2020. A produção de carne bovina caiu 51%, enquanto que a receita líquida com a venda dos produtos cresceu 16,3%, chegando a R$ 9.617 milhões. O resultado é fruto da disparada do dólar, que beneficia os produtores que vendem para o mercado externo.

A pesquisa do IBGE também mostra que em 2020, Mato Grosso do Sul se destacou na produção de minério de ferro, apesar de também ter reduzido drasticamente a produção. O início da pandemia causou a paralização de muitas atividades econômicas por um período, impactando na produção anual.

Cenário Nacional

De acordo com o IBGE o cenário nacional de produção mudou em 2020. Minério de ferro assumiu a liderança em termos de receita líquida de vendas, trocando de lugar com os óleos brutos de petróleo. Carnes de bovinos, que ocupavam a 5ª posição, subiu para 3ª em 2020.

“Enquanto alguns setores tiveram paralisação de fábrica e concessão de férias, outros experimentaram um ambiente diferente, especialmente aqueles relacionados a commodities que são ancorados em preços internacionais. Um exemplo é minério de ferro e grãos, que foram beneficiados durante a pandemia devido à alta dos preços internacionais”, analisa a gerente de Análise Estrutural do IBGE, Synthia Santana.