Política e Transparência

Acuado, Gilmar questiona Congresso sobre regras para impeachment de ministros

Decano do STF requisita informações em ações sobre Lei do Impeachment






Decano do STF, o ministro Gilmar Mendes requisitou informações ao Congresso Nacional e à Presidência da República sobre o rito de impeachment de ministros da Corte.

O pedido ocorre no âmbito das ADPFs (Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental) 1.259 e 1.260, protocoladas pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e pelo partido Solidariedade.

As ações questionam dispositivos da Lei 1.079/50, conhecida como Lei do Impeachment, alegando incompatibilidade com a Constituição de 1988.

Entre os pontos contestados estão o quórum de admissibilidade, a possibilidade de denúncia por qualquer cidadão e a previsão de afastamento cautelar.
No despacho, o ministro abriu prazo de cinco dias para manifestação da Procuradoria-Geral da República e da Advocacia-Geral da União após o recebimento das informações.

ADPFs tramitam em conjunto no STF

As duas ações foram apensadas para tramitar em conjunto devido à coincidência de objetos. A ADPF 1.259, ajuizada pelo Solidariedade, questiona artigos da Lei 1.079/50 e do Código Eleitoral, enquanto a ADPF 1.260, apresentada pela AMB, contesta dispositivos da mesma lei e do Código de Processo Penal.

Ambas pedem medida cautelar para afastar interpretações que permitam abertura ou andamento de processo de impeachment de ministros do STF em moldes considerados incompatíveis com a Constituição de 1988.