Esportes

Ideia de tirar times brasileiros da pré-Libertadores tem resistência da Conmebol

Proposta de trocar vagas nas primeiras fases por um lugar nos grupos é vista como parte de solução para o calendário brasileiro






A proposta da CBF de trocar as duas vagas brasileiras nas primeiras fases da Conmebol Libertadores por uma vaga direta na fase de grupos do torneio encontra resistência na Conmebol.

Há a percepção de que a ideia desagradaria às outras nove associações e que criaria obstáculos ao atual formato da competição.

Essa troca de vagas é uma das soluções apontadas pela CBF para readequar o calendário do futebol brasileiro a partir do ano que vem – o corte de datas dos estaduais, de 16 para 11, e adaptações na Copa do Brasil também fazem parte do pacote.

Atualmente, dois clubes brasileiros – a princípio, os quinto e sexto colocados do Brasileiro – se classificam para jogar a Libertadores do ano seguinte a partir da segunda fase.

Neste ano, Corinthians e Bahia chegarem até a terceira fase, a última antes da de grupos. Enquanto os paulistas foram eliminados, os baianos se classificaram e foram um dos quatro times que se juntaram aos outros 28 que já tinham lugar na etapa seguinte.

Tirar os clubes brasileiros da pré-Libertadores, disputada entre fevereiro e março, daria algum conforto no calendário aos times, que só passariam a dividir suas atenções com torneios sul-americanos em abril (a Federação Paulista precisou adaptar a tabela do estadual para encaixar os jogos do Corinthians na Libertadores, por exemplo).

Apesar da sinalização contrária da Conmebol, a CBF insiste na proposta. Na sexta-feira, uma delegação da confederação, chefiada pelo presidente Samir Xaud, viaja ao Paraguai. A ideia de troca de vagas será pauta dos encontros na sede de entidade.

A promessa de Xaud é apresentar o calendário nacional de 2026 – ano em que o Brasileiro deve ser novamente paralisado durante a Copa do Mundo, entre junho e julho – nas próximas semanas.

Os principais campeonatos estaduais devem perder cinco datas, para um máximo de 11. Por outro lado, a Série D teria o número de participantes ampliado para atender mais clubes menores afetados pelos torneios locais mais enxutos.

Há a possibilidade também de ajustes na Copa do Brasil, que pode ter mais fases disputadas em jogos únicos – atualmente, as duas primeiras são assim, com jogos de ida e volta só a partir da terceira. (Com ge - SP)